O câncer de pele se desenvolve a partir da mutação genética das células que compõem as diversas camadas da pele.
Tanto no Brasil quanto no mundo, o tipo não melanoma é o mais frequente. Estima-se que ele corresponde a 30% dos registros de câncer no país. Mesmo com baixo índice de letalidade, em 2015 ocorreram mais de 1900 óbitos derivados do tumor.
O tipo melanoma é o mais conhecido, embora sua manifestação seja menor. Ele tem origem nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação escura da pele. A fama do melanoma é proveniente da agressividade do tumor. Ainda que apresente uma taxa muita baixa de incidência, somando apenas 3% dos cânceres de pele, sua propensão a provocar metástase é bastante alta, aumentando o número de mortes advindas do tumor.
Os cânceres de pele, de uma forma geral, não têm uma única origem. Entretanto, a exposição solar excessiva figura o primeiro lugar entre as principais causas do seu desenvolvimento.
Além disso, alguns fatores de risco também estão envolvidos no surgimento dessa neoplasia. Você sabe quais são eles? Leia o artigo e entenda melhor.
O que são fatores de risco?
Os fatores de risco são condições ou elementos que favorecem o surgimento de doenças diversas, incluindo o câncer de pele. Cada patologia tem suas próprias considerações acerca daquilo que compreende o grupo de risco. Os fatores são determinados baseado no que pode contribuir para o seu desenvolvimento, mas não causa a doença diretamente.
Isso significa que ter ou fazer parte do grupo de risco não quer dizer que você certamente desenvolverá o câncer de pele. É apenas um alerta para que a prevenção seja feita de forma mais atenta. Alguns fatores de risco podem ser evitáveis, como excesso de radiação. Outros, como histórico familiar e faixa etária são incontroláveis.
Apesar de sinalizarem a possibilidade de um tumor no futuro, se a pessoa realmente desenvolver a doença em questão, é impossível indicar o quanto o fator de risco contribuiu para a sua manifestação. Contudo, o melhor a se fazer é entender quais situações podem te colocar em perigo e ficar alerta em relação à prevenção do câncer de pele.
Fatores de risco do câncer de pele
Superexposição aos raios ultravioletas
Os melanomas e não melanomas estão relacionados ao excesso de radiação ultravioleta, principalmente quando ocorrem na infância e adolescência. O que acontece é que os raios UV tem capacidade para alterar o DNA das células que compõe a pele. Desse modo, a multiplicação desordenada dessa carga genética modificada acaba se tornando um tumor.
A principal fonte de raios UV é o sol. Por isso, filtro solar para quem está sempre exposto é essencial. Entretanto, também podem ser provenientes de câmaras de bronzeamento artificial e lâmpadas solares.
Pintas
As pintas, ou nevus, são consideradas tumores benígnos. Podem aparecer em qualquer faixa etária, inclusive na infância. Em geral, permanecem sem causar problemas. Porém, quem tem um número elevado delas precisa ficar atento, pois tem mais probabilidade de desencadear o melanoma.
Pintas displásicas
As pintas displásicas são irregulares ou tem tons diferente das pintas normais. Surgem tanto nos locais que recebem luz solar quanto nos lugares com menos exposição. Nem sempre se tornam um câncer, contudo é necessário acompanhamento, pois têm chances de evoluirem para a doença.
Pele clara e idade avançada
Quem tem pele clara, cabelos loiros ou ruivos e olhos azuis fazem parte do grupo de risco. O câncer de pele é bastante raro em pessoas negras. Os idosos também têm maior probabilidade de desenvolver o problema.
Histórico familiar ou individual
10% das pessoas que desenvolveram câncer de pele tinha um quadro dessa neoplasia maligna na família. Sendo assim, filhos, pais, irmãos e irmãs de quem adquiriu a doença precisam estar atentos em relação às formas de prevenção.
Já a pessoa que desenvolveu o câncer de pele previamente, tem mais chances de manifestar novos quadros do problema futuramente.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!