câncer ginecológico

Fertilidade após o tratamento do câncer ginecológico

Apesar do medo que a descoberta de um câncer ginecológico gera, antes, durante e depois do tratamento, muitas mulheres têm dúvidas sobre a sua fertilidade — tanto em relação à preservação quanto, após vencê-lo, à possibilidade de gravidez futura.

Tipos de câncer como o de mama, ovário e colo de útero tendem a assustar ainda mais as pacientes que sonham com a maternidade. No entanto, felizmente, há sim como preservar a fertilidade e traçar planos para gestações posteriores bem sucedidas — especialmente quando o câncer é diagnosticado em estágio inicial 

Preservação da fertilidade em caso de câncer ginecológico

Há uma recomendação em específico para cada neoplasia. Quando se trata um câncer de colo de útero em estágio m inicial e é indicada a remoção de uma parte do órgão, é recomendado utilizar progesterona local, que deixa o útero estável e assegura que a mulher não terá. um parto prematuro.

Abaixo, veja as indicações específicas para os demais tipos de câncer. 

Câncer de mama

A influência da placenta e dos hormônios  da gravidez pode afetar a outra mama e interferir tanto na evolução do tumor quanto no aparecimento de metástase. 

Devido a isso, o ideal é que a gestação seja planejada para acontecer depois de dois anos da finalização do tratamento de hormonioterapia, rádio e químio.

Porém, somente quando há essa possibilidade. Para mulheres acima dos 38 anos, a orientação é seja iniciado o programa de indução, efetuando a fertilização em vitro e conservando o embrião para que a implantação seja feita depois dos dois anos.

A motivo desse período de espera é que grande parte dos tumores têm um maior índice de recidiva nesse prazo. 

Câncer de ovário

A maioria dos quadros de câncer de ovário são descobertos fora da idade reprodutiva, quando a mulher possui acima de 50 anos.

Quando a doença se desenvolve em mulheres em idade reprodutiva, costuma ser unilateral. Com isso, há como preservar um dos ovários.

Entretanto, existe a chance do ovário saudável ser atingido pelo câncer entre 5 a 10 anos após o término do tratamento. Dessa forma, a recomendação é que a gestação aconteça logo após o tratamento —  especialmente se a doença estiver em estágio inicial, onde o órgão não é removido e há somente a realização de rádio e químio.

Câncer de vulva e vagina

O câncer de vulva e vagina é extremamente semelhante ao câncer de colo de útero em relação à preservar a fertilidade.

Tanto o diagnóstico precoce quando o tratamento pré-gestação são possíveis, porém não se pode permitir que a doença alcance o estágio avançado devido ao fato de haver a necessidade de radioterapia.

Um dos efeitos da rádio, infelizmente, é a destruição do ovário. Com isso, a mulher não pode mais produzir óvulos saudáveis. 

O diagnóstico precoce é o que assegura a possibilidade de uma futura gestação nas pacientes que têm cânceres ginecológicos.

Câncer de endométrio 

Em geral, o câncer de endométrio se desenvolve em mulheres com mais de 50 anos (menos de 5% das pacientes acometidas pela doença têm abaixo de 45).

Mais uma vez, através do diagnóstico precoce, há como postergar o tratamento invasivo utilizando a hormonioterapia.

Assim, a mulher terá o tempo que é preciso para a gravidez, sem a necessidade de retirada do útero.

Câncer de trompas de falópio

O câncer de trompas de falópio é extremamente raro e, quando diagnosticado em fase inicial é possível remover somente a trompa, preservando o ovário. 

No entanto, depois da gestação, o ovário também é retirado pelo fato câncer de ovário ter associação a esse tipo de câncer ginecológico.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!

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