De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), 70% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama precisam realizar a remoção total da mama. Por ser um procedimento complexo, é importante conhecer e entender mais sobre ele.
Neste sentido, preparamos este artigo para explicar um pouco mais sobre os diferentes tipos desta cirurgia. Então, se você tem interesse no assunto, recomendamos a leitura deste artigo.
O que é a mastectomia?
A mastectomia é a cirurgia para a remoção da mama, sendo indicada, principalmente para mulheres portadoras do câncer de mama. Esse procedimento pode ser realizado de diferentes formas, como, por exemplo, parcial, total, radical, radical modificada, dupla, poupadora de pele ou de mamilo, preventiva ou masculinizadora.
Ainda, essas técnicas se diferenciam tanto pelo procedimento em si quanto pelo objetivo. A escolha pelo tipo mais adequado considera o estágio do tumor e a possibilidade de aumentar a taxa de sobrevida da paciente.
A retirada da mama é apenas uma das alternativas de tratamento nos casos de câncer. Outra possibilidade cirúrgica é a lumpectomia, que consiste na remoção apenas do nódulo e das áreas adjacentes ao tumor.
Quando a mastectomia é indicada?
Apesar de ser mais comum em pacientes de câncer de mama, a mastectomia pode ser realizada nas seguintes situações:
- diagnóstico de lúpus ou de esclerodermia;
- quando o paciente já realizou sessões de radioterapia ou já passou pela cirurgia conservadora (lumpectomia), mas ainda existem sinais do câncer;
- quando o tumor maligno está localizado em duas ou mais áreas da mama, distantes uma da outra, ou quando o tumor tem mais que 5 cm ou seu volume é maior que o da mama;
- quando o paciente se enquadra em alguns dos fatores de riscos genéticos, tal como a mutação no gene BRCA.
Quais são os tipos de mastectomias?
A mastectomia não se resume a um único tipo de procedimento. Na verdade, a técnica utilizada varia de acordo com o tamanho das mamas, do estadiamento e da localização do tumor e do objetivo. A seguir, saiba mais sobre cada uma delas:
Preventiva
Trata-de da cirurgia realizada para evitar o desenvolvimento de um tumor na mama. Por isso, só é indicada para as mulheres que possuem fatores de risco para a doença, principalmente alterações genéticas BRCA1 e BRCA2.
Ainda, a mastectomia preventiva envolve a retirada de toda a glândula mamária que é substituída por uma prótese de silicone, mas preservando algumas estruturas, como a aréola, o mamilo e a pele.
Parcial e total
A mastectomia parcial consiste na retirada apenas de uma porção da mama afetada pelo tumor, sendo indicada quando o tumor é pequeno. Já na cirurgia total a mama é retirada por completo.
Preservadora
A mastectomia preservadora consiste na retirada de todo o tecido mamário, mas a maior parte da pele da mama é mantida. Nesses casos, utilizam-se implantes ou tecidos de outras partes do corpo para reconstruir a mama.
Masculinizadora
Esse procedimento é um tipo de cirurgia plástica reparadora realizada para deixar o tórax da mulher com aparência masculina, sendo indicada nos casos de transição de gênero. Neste caso, retiram-se as mamas a partir da técnica mais adequada escolhida pelo mastologista.
Enfim, essas são algumas das técnicas de mastectomia mais utilizadas. O objetivo principal é remover o tecido mamário afetado por um tumor, salvo exceção no caso da cirurgia masculinizadora.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!