O câncer de mama é o tipo de neoplasia maligna mais incidente em mulheres no mundo, registrando, aproximadamente, 2,3 milhões de casos por ano. A mastectomia total ou parcial é a principal forma de tratar o quadro cirurgicamente.
Você sabe quando cada um dos procedimentos é indicado? Entende como funciona cada cirurgia? Então, não deixe de ler este post. A seguir, responderemos a essas e outras dúvidas a respeito do tema.
O que é a mastectomia?
Trata-se de um procedimento cirúrgico para a remoção de uma ou ambas as mamas para o tratamento ou a prevenção do câncer de mama. A depender da gravidade do quadro, a cirurgia segue um padrão distinto. A seguir, conheça os principais tipos de mastectomia:
- Simples: quando o cirurgião remove toda a mama, inclusive o mamilo, a pele e a aréola. Em alguns casos, também são retirados os linfonodos axilares;
- poupadora da pele: quando grande parte da pele da mama é preservada e apenas o tecido mamário, mamilo e aréola São removidos. Nestes casos, realizam-se implantes ou utilizam-se tecidos de outras partes do corpo para reconstruir a mama;
- Poupadora de mamilo: é uma variação do tipo anterior, sendo uma opção para mulheres que têm um tumor pequeno em estágio inicial. O procedimento visa a remoção do tecido mamário, com a preservação da pele da mama e do mamilo;
- Radical: nesta técnica, o cirurgião retira a mama, os linfonodos axilares e os músculos da parede torácica;
- Radical modificada: é a combinação entre a mastectomia simples com a remoção dos linfonodos axilares;
- Dupla: quando a mastectomia é feita em ambas as mamas, sendo uma cirurgia preventiva para mulheres com alto risco de desenvolver o câncer.
Quando a mastectomia parcial é indicada?
O tratamento do câncer de mama varia de acordo com a extensão da doença e das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada precocemente, são maiores as chances de cura.
Ainda,o cirurgião sempre buscará equilibrar a segurança da paciente com a estética e a função. Isso significa realizar a cirurgia com o objetivo de eliminar o câncer, mas procurando proporcionar o menor dano físico possível.
Neste sentido, a mastectomia parcial costuma ser a melhor alternativa, sendo indicada nos estádios I, II e III do tumor e quando a paciente não pode ou prefere não realizar radioterapia, tem duas ou mais áreas de câncer na mesma mama ou está grávida.
Quando a mastectomia total é indicada?
No estádio IV, o tratamento busca o equilíbrio entre a resposta tumoral e o possível prolongamento da sobrevida, considerando os potenciais efeitos colaterais da mastectomia radical.
Por ser um procedimento muito invasivo, tende a ser indicada apenas como última alternativa terapêutica. Geralmente, o tratamento é recomendado nos seguintes casos:
- Tumores inflamatórios que acometem a pele e envolvem os vasos linfáticos;
- Quando é inviável a preservação da glândula mamária em função da existência de tumores multicêntricos;
- Tumores maiores que 5 cm de diâmetro;
- Quando a recidiva do tumor na mesma mama;
- Tumores com extensas calcificações;
- Quando a radioterapia e a cirurgia conservadora não são indicadas.
Enfim, no que se refere aos resultados, tanto a mastectomia parcial quanto a mastectomia radical possuem o mesmo potencial de cura e de controle da doença, respeitando as particularidades de cada caso.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!