A mastectomia é um dos tratamentos existentes para o câncer de mama e, basicamente, consiste na retirada da mama por meio de procedimento cirúrgico. Há diversas variações dessa remoção cirúrgica e, em geral, a maior dúvida das pacientes está relacionada justamente a qual tipo de cirurgia é o mais indicado para o seu caso: mastectomia total ou parcial?
O câncer de mama é o tipo de câncer mais sofrido por mulheres de todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há 1,38 milhões de casos novos e 458 mil óbitos causados pela doença anualmente.
Já no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, houve cerca de 52 mil casos novos em um ano e estima-se um risco de 52 novos casos a cada 100 mil mulheres.
Mastectomia total
Na mastectomia total as glândulas mamárias são completamente retiradas, além do mamilo, aréola e pele. Ela tende ser mais recomendada em quadros de tumores malignos pequenos, bem localizados — sem chances de terem se espalhado por outras regiões ao entorno — e descobertos antecipadamente.
Além disso, também há como remover ou não os gânglios das axilas, com o objetivo de reduzir os riscos do tumor se espalhar ou voltar.
Abaixo, veja outras indicações para mastectomia total:
- Inviabilidade de preservar a glândula mamária devido a existência de tumores multicêntricos — diversos tumores localizados na mesma mama;
- Tumores grandes (maiores que 5 cm de diâmetro;
- Ressurgimento do tumor na mesma mama;
- Quando a radioterapia e a cirurgia conservadora (mastectomia parcial) não são recomendadas;
- Tumores que possuem extensas calcificações;
- Tumores inflamatórios que acometem a pele e envolvem os vasos linfáticos.
Mastectomia parcial
Também conhecida como setorectomia ou quadrantectomia, na mastectomia são retirados nódulos ou tumores benignos, junto a uma pequena parte do tecido ao redor, não sendo necessária a remoção total da mama.
Ademais, no decorrer da cirurgia, gânglios próximos da mama podem ser removidos ou não, a fim de evitar as chances do nódulo voltar.
Mastectomia total ou parcial: resultados
Os resultados da mastectomia, em termos de cura e de controle do câncer de mama, são os mesmos, independente da modalidade de cirurgia (contanto que após a quadrantectomia as sessões de radioterapia sejam realizadas).
O que determina, na verdade, todas as questões acerca da realização da cirurgia é justamente obter a indicação correta, que é dada com base nos tamanhos da mama e do câncer.
Mastectomia preventiva
Dentre os demais tipos de mastectomia existentes está a preventiva, que consiste na remoção do interior da mama — ou seja, da glândula mamária junto aos ductos mamários —, que é onde o tumor pode se formar.
Após o interior da mama ser removido, as chances de se ter câncer caem em até 90%. Os 10% de risco persistem devido ao fato de uma pequena parte do tecido mamário é preservada para a nutrição do mamilo, aréola e pele.
No entanto, essa modalidade de cirurgia é recomendada apenas para mulheres que possuem alto risco de desenvolver o câncer de mama — determinado através do histórico familiar — e já tenham amamentado caso pretendam, pois depois não será possível.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!