Melanoma: avanços no tratamento

Conhecido como o tumor das “pintas pretas”,  o melanoma é um tumor maligno que se origina a partir de células que produzem a melanina em nosso corpo, os melanocitos, substancia essa a qual podemos atribuir a coloração de nossa pele. Já discorri bastante sobre o assunto há um tempo atras e deixarei aqui o link para uma melhor leitura sobre diagnostico e sintomas da doença.

Apesar de estarmos falando sobre um  tumor bastante raro, existem muitos fatores envolvidos em sua gênese e isso é fator de grande estudo, em grande parte, também pela sua letalidade que é bastante alta.

Relembrando alguns fatores de risco do melanoma ?

A exposição excessiva aos raios solares, como já comentado aumenta a incidencia de lesões precursoras e agride também lesões já pré-existentes, bem como modifica a genética da pele sadia ao longo dos anos de dano e exposição.  Dito isso, queimaduras graves solares, mesmo que em eventos únicos também aumentam esse risco.

A pele mais clara, também e um fator de risco para desenvolvimento de melanoma, porém não significa que pacientes com pele mais escura não desenvolvem a doença, apenas com menor frequência.

Historia pessoal prévia de doença ou historia familia prévia também são fatores de risco importante, sendo que até 10% dos pacientes  possuem um parente de primeiro grau com a doença. Reforçando um componente genético associado.

O número e o tamanho das pintas também importam e aumentam seu risco de manifestar a doença.

Doença genética rara, as pessoas que possuem xeroderma pigmentoso não são capazes de reparar os danos do DNA danificado pela ação dos raios do sol, aumentando assim o risco de qualquer doença na pele.

Melanomas são mais comuns entre adultos com mais de 50 anos de idade.

Pessoas que possuem o seu sistema imunológico enfraquecido devido a algum fator também possuem um risco aumentado em adquirir melanoma.

E o tratamento para a doença?

A cirurgia com grandes margens de ressecção após diagnostico correto é o tratamento de escolha ainda para doenças em estagio inicial, e apesar de alguns casos selecionados a cirurgia também ser indicada para ressecção das metastases, atualmente muito se discute sobre o tratamento com imunoterapia.

A imunoterapia é o uso de substâncias que estimulam o sistema imunológico do paciente a reconhecer e acabar com as células malignas. Vários tipos de imunoterapia podem ser utilizados, e sua principal indicação ainda em cânceres em estagio avançado da doença.

Atualmente tratamentos como terapias biológicas ou imunoterapias tem sido utilizadas com boas respostas no tratamento tanto adjuvante como paliativo, pembrolizumab e o nivolumab ( inibidores de DP-1) e ipilimumab ( inibidor de CTLA-4) e Interferon alfa ou interleucina 2 ( citocinas),  imiquimod e BCG, muitas ainda em caráter de pesquisa, porém algumas já bem estabelecidas pelas autoridades competentes, hoje também, utilizadas em conjunto para melhor efetividade.

Estas terapias na realidade já estão em uso há alguns anos, mas tomaram notoriedade ultimamente e então resolvi dar nome as terapias, porém os detalhes de como tudo funciona e quando indicadas, ficarão para sua consulta com o especialista – oncologista clinico.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!

 

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