A melanina é o principal pigmento na produção da cor da pele, sendo produzida nos melanócitos. Em condições normais, essas células estão sempre se renovando. A exposição excessiva à radiação solar danifica o seu DNA, podendo provocar um câncer do tipo melanoma acral.
Você já ouviu falar nessa versão do câncer melanoma? Conhece os sintomas que pode provocar? Neste post, abordaremos todos os tópicos relevantes sobre essa doença.
O que é o melanoma acral?
O melanoma é o tipo de câncer de pele mais letal e agressivo. A sua principal característica é a alteração no tamanho, cor ou aparência de pintas presentes no corpo. Além disso, tem como fator de risco a exposição excessiva ao sol e a pele clara caucasiana.
Porém, o melanoma acral, um dos subtipos desse câncer, possui características divergentes desse padrão. Em primeiro lugar, ele se desenvolve nas regiões menos expostas ao sol, tais como, a palma da mão, planta do pé e as unhas.
Além disso, não tem a pele clara como fator de risco, podendo se manifestar em pessoas de qualquer etnia, mesmo os afrodescendentes e asiáticos. Em função da região onde se desenvolve, os podólogos são parte importante do processo de conscientização.
Ainda, o câncer melanoma é classificado em quatro subtipos: expansivo superficial, modular, lentigo maligno e lentiginoso acral. Na maioria dos casos, o prognóstico é ruim, pois a tende a ser diagnosticado tardiamente.
Quais são os sintomas?
Assim como os outros subtipos, o melanoma acral se desenvolve como uma pinta, um trauma ou uma mancha. Em função disso, pode ser facilmente confundido com micoses, machucados ou outras condições benignas.
Ainda, esse sinal característico se desenvolve em regiões mais incomuns. Quando surge na unha, se manifesta como uma linha preta. Já na palma das mãos e plantas dos pés aparece como um pinta irregular.
Por ocasião da sua semelhança com outras condições benignas, é muito comum que seja tratado de forma indevida durante anos, fazendo com que avance e dificulte controle da doença.
Como é o diagnóstico?
Dificilmente o melanoma acral é diagnosticado em estágio inicial. Primeiro, porque possui caraterísticas semelhantes a outras doenças. Segundo, porque há pouca informação e conscientização da população a respeito da condição.
Neste sentido, tende a ser diagnosticado em fases mais invasivas que os demais melanomas e com pior prognóstico. Os fatores que influenciam a confirmação do quadro é a presença de manchas ou pintas em regiões incomuns em afrodescendentes, ou asiáticos.
Como é o tratamento?
A principal forma de tratamento deste tipo de melanoma é cirúrgica. O procedimento visa remover a massa tumoral. Apenas em casos de maior gravidade pode-se indicar a quimioterapia como alternativa.
No entanto, o tratamento cirúrgico representa um desafio para os profissionais de saúde, pois, além da ressecção, é preciso se preocupar em evitar recidivas e realizar a reconstrução da área acometida.
Portanto, com a leitura deste post, você conheceu o melanoma acral. Embora seja de difícil diagnóstico, a supervisão constante da presença de pintas ou manchas nas mãos, nos pés ou entre as unhas pode facilitar a investigação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!