Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente cerca de 3 milhões de novos casos de câncer de pele no mundo. Essa neoplasia pode se manifestar de diferentes formas, sendo o melanoma amelanótico uma das mais raras.
Você já ouviu falar neste tipo de câncer? Então, se tem interesse em saber mais sobre ele, não deixe de ler este post. A seguir, você vai conhecer os principais sintomas, causas e alternativas de tratamento.
O que é o melanoma amelanótico?
Trata-se de uma forma de câncer de pele melanoma que se diferencia dos outros tipos por não produzir melanina, pigmento escuro responsável pela coloração da pele, olhos e cabelos. Dessa maneira, se caracteriza pela manifestação de manchas sem cor escura.
Ainda, o câncer de pele melanoma é uma doença que se desenvolve nos melanócitos, células que fabricam a melanina. Por isso, o seu sintoma mais característico é o surgimento de lesões de coloração escura, pois contêm altas concentrações de melanina.
Ademais, o melanoma amelanótico é um tipo raro de câncer de pele e que pode acometer tantos os seres humanos como os animais, principalmente os cachorros. Como não seguem o padrão de outras neoplasias, o seu diagnóstico é considerado mais complexo.
Como é causado?
De modo geral, o câncer de pele melanoma ocorre em razão de uma disfunção nos melanócitos, que se multiplicam desordenadamente, formando tumores malignos. Embora não exista uma causa específica para esse mau funcionamento, acredita-se que haja uma relação com a exposição desprotegida e contínua à radiação solar.
Ainda, o melanoma pode surgir em áreas que são mais expostas ao sol e também ao redor ou dentro dos olhos, boca, órgãos genitais, cérebro e unhas. O tipo amelanótico pode se multiplicar rapidamente para zonas distantes do corpo, promovendo a destruição do tecido.
Ademais, existem fatores de risco que tornam uma pessoa mais propensa a desenvolver esta forma de câncer de pele, como, por exemplo, exposição excessiva ao sol, histórico pessoal desta neoplasia, ter pele clara ou sardas, ou estar com o sistema imunológico enfraquecido.
Quais são os sintomas?
Assim como outros tipos dessa neoplasia, as pintas causadas pelo melanoma amelanótico podem variar em relação ao seu formato. No entanto, como não possuem melanina, se manifestam como manchas rosas, vermelhas ou levemente acastanhadas.
Dessa forma, são facilmente confundidas com lesões benignas ou com cânceres de pele não melanoma. Em consequência disso, o paciente acaba sendo diagnosticado tardiamente, levando a um pior prognóstico.
Como é o tratamento para o melanoma amelanótico?
A principal forma de tratar o melanoma amelanótico é pela remoção cirúrgica. No caso de lesões maiores, pode ser necessário realizar um procedimento mais radical e também a biópsia dos linfonodos.
Ademais, alguns casos exigem a combinação de outras técnicas terapêuticas, como, por exemplo, a radioterapia, cirurgia micrográfica de Mohs e cirurgias para excisões estadiadas. Quando o paciente não pode ser submetido ao procedimento, a crioterapia e a imiquimode são alternativas possíveis de tratamento.
Por fim, se houver metástases, o tratamento do melanoma amelanótico é realizado através da imunoterapia, radioterapia, terapia molecular direcionada e, raramente, ressecção cirúrgica. Portanto, esteja atento à presença de manchas anormais na pele e, caso suspeite de algo, converse com seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!