O mioma uterino é o tumor pélvico mais presentes na população mundial, representando cerca de 70% das mulheres com idade de até 45 anos. Contudo, é uma condição benigna e, na maioria das vezes, assintomática.
Você já ouviu falar neste tipo de tumor? Sabe como ele surge e como pode ser tratado? Caso não, recomendamos a leitura deste post. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre essa condição.
Saiba mais sobre o mioma uterino
Trata-se de um tipo de tumor benigno que se desenvolve no tecido muscular do útero. Por isso, o mioma uterino não é um câncer e nem apresenta o risco de malignidade. Geralmente, esse nódulo surge de quatro principais formas: mioma submucoso, subseroso, pediculado ou intramural.
No primeiro caso, o tumor cresce abaixo do miométrio e, caso evolua, pode ocupar a cavidade uterina. Já o subseroso se desenvolve na camada serosa que reveste a parede externa do útero. Por outro lado, o mioma pediculado é aquele que se desprende do útero e que pode se expandir tanto para dentro da cavidade uterina quanto para fora.
Por último, o tipo intramural é formado na parte interna do útero e com grande potencial de distorcer a parede muscular do órgão. Ademais, a incidência dos miomas uterinos aumenta conforme a idade, sendo mais comum antes dos 50 anos. Essa é uma das condições mais comuns entre as mulheres.
Quais são as causas?
O surgimento desses miomas tem forte relação com alterações nos níveis dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona). No entanto, o porquê dessa influência ainda não está totalmente esclarecido.
Além disso, acredita-se que haja uma combinação de aspectos genéticos, ambientais e hormonais com problemas vasculares. Por isso, os seguintes fatores são considerados como de risco para o desenvolvimento dos miomas uterinos:
- consumo de bebidas alcoólicas;
- diagnóstico de hipertensão arterial;
- menarca precoce;
- raça, sendo mais comum nas mulheres afrodescendentes;
- histórico familiar da condição em parentes de primeiro grau;
- nunca ter engravidado ou primeira gestação tardia;
- uso de anticoncepcionais antes dos 16 anos.
Quais são os sintomas mais comuns?
Normalmente, os miomas uterinos são assintomáticos. Apenas em alguns casos, a depender da localização, da quantidade de nódulos e do tamanho deles, pode manifestar alguns sintomas.
Entre eles, estão: alterações no ciclo menstrual, de modo que a hemorragia menstrual se torna mais abundante, dor associada à menstruação, compressão do intestino e da bexiga. Ademais, em alguns casos, o tumor pode ser palpável.
Quando há a compressão dos órgãos, pode causar dificuldade em urinar, constipação, vontade frequente de urinar e pressão no reto. Acredita-se também que haja uma relação entre a presença de miomas e a infertilidade nas mulheres.
Mioma uterino precisa de tratamento?
Os miomas só precisam ser tratados se a paciente apresentar sintomas intensos ou impossibilite a gravidez. Geralmente, o ginecologista pode prescrever o uso de anti-inflamatórios, remédios hormonais e suplementos de ferro.
Caso o mioma comprima outros órgãos, a cirurgia para remoção do tumor pode ser necessária, O procedimento é chamado de miomectomia e não exige a retirada do útero. Se o nódulo for muito grande, é preciso fazer uma embolização para reduzir o seu tamanho.
Então, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre o mioma uterino, suas causas, sintomas e alternativas de tratamento. Portanto, caso se enquadre em um ou mais fatores de risco, converse com seu médico para ser avaliado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!