Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele responde por cerca de 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil. Entre os principais fatores de risco para o seu desenvolvimento está a exposição contínua e desprotegida ao sol.
Neste sentido, você sabe o que são os raios UVA e UVB? Então, recomendamos a leitura deste post. Nele, explicaremos como essa radiação funciona e como ela é capaz de favorecer o surgimento deste tipo de câncer.
O que são os raios UVA e UVB?
Quando falamos em proteção solar, é comum que haja a relação com os impactos da radiação solar sobre a pele. No entanto, pouco se sabe sobre os raios UVA e UVB, suas diferenças e como são capazes de afetar nossa saúde.
Em primeiro lugar, a radiação ultravioleta (UV) possui uma frequência maior que a luz visível, sendo os raios mais energéticos dentre os emitidos pelo sol. Cerca de 70% dessa radiação é refletida e reabsorvida pelas camadas mais altas da atmosfera.
No entanto, os 30% restantes conseguem ultrapassar essa camada e chegam à Terra, tanto nos dias ensolarados quanto nos dias nublados. Existem vários tipos de radiação UV, sendo a UVA e a UVB as mais conhecidas.
Ademais, apenas pela definição dessas siglas é possível entender os efeitos e as diferenças entre essas duas radiações. A letra A, da sigla UVA, significa “aging”, que pode ser traduzido como envelhecimento. Já a letra B, da sigla UVB, significa “burn”, que quer dizer queimar.
Ainda, a radiação ultravioleta A (UVA) corresponde a 95% dos raios solares que atingem o planeta. Esse tipo é mais resistente e consegue atravessar as nuvens, vidros e até a nossa epiderme.
Embora não provoquem queimaduras solares, os raios UVA podem alcançar as células da camada mais profunda da pele, produzindo radicais livres e gerando uma série de consequências prejudiciais a longo prazo.
Já a radiação ultravioleta B (UVB) é facilmente neutralizada por nuvens e vidros, mas são capazes de penetrar a epiderme. Esses raios representam apenas 5% dos que chegam à superfície da Terra e são responsáveis pelo bronzeado, vermelhidão, queimaduras solares, reações alérgicas e câncer de pele.
Como eles causam o câncer de pele?
O câncer de pele é dividido em dois tipos principais: melanoma e não melanoma. Enquanto o primeiro é de crescimento lento e de bom prognóstico, o segundo tem evolução mais rápida e, quando não tratado, pode gerar metástases e levar à morte.
Ainda, o câncer de pele é uma doença causada pelo crescimento anormal das células que compõem as camadas desse órgão, provocando alterações no DNA celular. Porém, para que essa mutação ocorra, é preciso que haja uma grande concentração da radiação UV.
Isso porque os efeitos nocivos da radiação solar são cumulativos, ou seja, quanto maior a exposição desprotegida, maior os danos provocados. Para evitar a doença, o corpo inicia algumas reações para se recuperar dos danos do sol.
Por exemplo, quando a pele inicia um processo de descamação, após uma queimadura solar, o objetivo é eliminar as células que tiveram o seu DNA alterado. Contudo, nem sempre esse processo é capaz de remover todas elas, levando ao desenvolvimento do câncer de pele.
Enfim, para reduzir o risco dessa neoplasia e se prevenir, o uso de protetor solar, o autoexame da pele e a exposição ao sol em horários adequados são as atitudes mais recomendadas. Então, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre o papel dos raios UVA e UVB no surgimento do câncer de pele.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!