De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a melhor forma de tratar um câncer e ter chances de cura é a partir de um diagnóstico precoce.
A grande maioria dos tumores é assintomático por um bom tempo e só começa a dar sinais quando já está bastante avançado. Neste sentido, a medicina preventiva tem agido para detectar precocemente o câncer, utilizando técnicas de rastreamento e análise dos possíveis sintomas da doença com o histórico do paciente.
Outras formas de atuação são a promoção de campanhas informativas para a população, a vacinação e a realização de exames periódicos para pessoas com fatores de risco.
Como surge o câncer
O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo, quando um grupo de células começa a se reproduzir descontroladamente e passa a sofrer mutações. Essas mutações causam deformidades e começam a formar um novo tecido com células doentes, que induzem a formação de vasos sanguíneos para que possam se alimentar e se desenvolver.
Ao atingir as veias, as células defeituosas podem causar a metástase e chegar a outros órgãos. Com seu pleno desenvolvimento, essas células começam a substituir as saudáveis e alterar as funções do órgão que está até que ele pare de funcionar.
A capacidade de matar de um câncer depende de suas características, que indicarão a velocidade com que ele se espalha para os outros órgãos. Aliado a isso, está a capacidade do corpo em reagir a doença e se há disponível um tratamento eficaz para o tipo de câncer em questão.
A evolução da ciência está tornando viável a cura de cânceres que pareciam incuráveis. Como é o caso do câncer de testículos, que já foi letal na maior parte dos casos e hoje tem 95% de cura.
Os mecanismos da ciência para combater o câncer, seja qual ele for, consiste em cortar o suprimento sanguíneo da célula danificada para que ela morra por falta de nutrientes. Há ainda o fortalecimento do organismo, para que o próprio sistema imunológico possa eliminar essas células.
Como a medicina preventiva atua no câncer
O câncer aparece oito vezes na lista das 20 doenças mais letais no Brasil. Cinco deles respondem a mais da metade de novos casos no mundo.
Encabeçando a lista está o câncer de pulmão que tem como causa maior o tabagismo, mas há um pequeno grupo que obteve a doença por genética ou exposição excessiva a poluição. Muito perigoso, está sempre associado a outras doenças pulmonares que tornam inviável a cirurgia em casos preliminares. A prevenção deste tipo de câncer baseia-se em evitar o tabagismo, adotando um estilo de vida mais saudável.
Já o câncer de mama, mais frequente entre as mulheres, ganhou uma campanha mundial de conscientização, conhecida como Outubro Rosa. O autoexame e a realização de mamografia anualmente a partir dos 40 anos são boas alternativas para o diagnóstico precoce da doença.
Estes são só dois exemplos de como a mudança de hábitos e a adoção de um estilo de vida mais equilibrado podem auxiliar na prevenção do câncer. O avanço da medicina preventiva vem permitindo que uma pessoa saiba se possui mutações genéticas capazes de sofrer um câncer no futuro. A avaliação indica a possibilidade de se ter a doença, para que haja um maior controle preventivo sobre ela.
A medicina preventiva baseia-se no rastreamento das doenças e na disseminação de hábitos saudáveis para evitar que as doenças apareçam, diminuindo o índice de mortalidade por problemas como o câncer.
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