O câncer de pele corresponde a cerca de 32% de todos os diagnósticos desta enfermidade no Brasil, sendo que o INCA (Instituto Nacional do Câncer) registra, anualmente, algo em torno de 190 mil novos casos. O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum, possui letalidade baixa, entretanto, seus números são bastante altos.
A doença é causada pelo crescimento descontrolado e anormal das células que formam a pele. Essas células se dispõem compondo camadas e, conforme forem afetadas, os diferentes tipos de câncer são definidos. Os mais frequentes são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares.
Entretanto, o melanoma é mais raro e letal que os carcinomas, sendo o tipo mais agressivo de câncer de pele.
O que é o câncer de pele?
O câncer de pele consiste num tumor que afeta a pele, sendo o câncer mais comum no Brasil e no mundo. É mais frequente em pessoas acima de 40 anos e em crianças e pessoas negras é considerado raro. Sua causa principal é exposição ao sol.
Quais são os tipos de câncer de pele?
Existem basicamente três tipos principais de tumores cutâneos que são: o carcinoma espinocelular, o carcinoma basocelular e o melanoma maligno.
Apesar de todos serem considerados câncer, são classificados de duas formas:
Câncer de pele não melanoma
Normalmente são benignos e de fácil tratamento, oferecendo grandes chances de cura e onde estão incluídos os carcinomas espinocelular e basocelular.
Câncer de pele melanoma
É o tipo mais perigoso, com poucas chances de cura, especificamente se for identificado de forma tardia e inclui apenas o melanoma maligno.
Veja os tipos de câncer de pele principais e seus sintomas:
Carcinoma basocelular
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais frequente, sendo responsável por 70% dos casos, entretanto, felizmente, é o tipo menos hostil. Por ser um tumor composto por células basais, comuns da pele, ele leva esse nome. Logo, essas células começam a se multiplicar desordenadamente, originando o tumor.
Este tipo de câncer tem o desenvolvimento lento e dificilmente invade outros tecidos e causa metástase.
Sintomas
Esse tipo de câncer não-melanoma pode apresentar apenas uma aparência superficialmente diferente da pele normal, sendo mais comum no pescoço, no rosto e outras partes do corpo que ficam mais expostas ao sol.
Sua aparência é de um nódulo que tem aparência perolada, como se fosse recoberto de cera, pode ser branca, rosa claro, marrom ou bege, sangra facilmente e se parece com uma ferida que não cicatriza, podendo vazar algum líquido.
Carcinoma espinocelular
É o segundo tipo mais frequente de câncer de pele, sendo responsável por aproximadamente 20% dos tumores do tipo não melanoma. Constantemente, o carcinoma espinocelular se desenvolve nas áreas mais expostas ao sol, como orelha e couro cabeludo, sendo mais comum em pacientes com mais de 60 anos.
Ele se forma a partir das células epiteliais (células escamosas) e do tegumento (camadas da pele e mucosa), acontecendo em todas as etnias e com uma frequência maior nos homens.
Ele evolui de forma mais agressiva e pode afetar outros órgãos, caso não removido rapidamente. E, apresenta uma capacidade maior do que o carcinoma basocelular de metástase.
Sintomas
Como já citado anteriormente, esse tipo de câncer tem suas localizações mais comuns nas áreas mais expostas ao sol, sendo que 70% dos casos ocorrem na cabeça (orelha e couro cabeludo), dorso das mãos e pescoço, e 15% acometem os membros superiores. É comum na boca e pode acometer também as genitais e membranas mucosas.
Ele se apresenta como um caroço (nódulo) ou mancha que mostra sinais na pele como enrugamento, perda de elasticidade e mudanças na pigmentação, tem cor avermelhada, descamação e crostas no local, podendo vazar algum líquido, apresenta um desenvolvimento rápido (alguns meses) e tem aparência de uma ferida que não cicatriza.
Melanoma
O melanoma é um tumor maligno com origem nas células que produzem pigmento (melanócitos) e acomete partes como olhos, orelhas, pele, trato gastrointestinal, genitais e membranas mucosas.
O melanoma tem o poder de invadir qualquer órgão, originando metástases, inclusive no cérebro e coração, sendo um dos tumores mais perigosos.
Portanto, é um câncer com alta letalidade. O melanoma tem ocorrência bem menor aos outros tipos de câncer de pele, porém, sua incidência vem crescendo no mundo inteiro.
Existem alguns tipos clínicos do melanoma, como melanoma lentiginoso acral, melanoma nodular, melanoma maligno lentigo e melanoma maligno disseminado.
Apesar de o câncer cutâneo ser o mais frequente no Brasil e responder por 25% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma retrata apenas de 4 % das neoplasias malignas do órgão, ainda que seja o mais grave. Segundo o INCA, mais de 6 mil novos casos de melanoma são estimados anualmente.
Sintomas
Como mencionado anteriormente, o melanoma pode acometer os olhos, pele, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Entretanto, as áreas mais comuns são as pernas e braços para as mulheres e o dorso para os homens.
Os primeiros sintomas do melanoma são normalmente uma mudança em uma pinta ou mancha já existente, o desenvolvimento de uma mancha nova ou pinta bem pigmentada ou de aparência incomum na sua pele, outras mudanças suspeitas podem incluir comichão, coceira, não cicatrização da área e sangramento.
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