Entre as mulheres que precisam passar por uma histerectomia há uma dúvida muito comum: como é a vida após a retirada do útero? Neste sentido, é necessário entender como funciona a recuperação e quais os cuidados recomendados pela equipe médica.
Você também tem interesse no assunto? Então, recomendamos a leitura deste post. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito do tema.
O que é a histerectomia?
Trata-se de um tipo de cirurgia ginecológica que consiste na remoção do útero e, em alguns casos, das estruturas associadas ao órgão, como as trompas de Falópio e os ovários. Por ser um procedimento invasivo, só é recomendado quando outros tratamentos clínicos não surtiram o resultado esperado.
Ademais, existem três diferentes tipos de histerectomia: total, subtotal e radical. No primeiro caso, consiste na remoção do útero e do colo do útero. Já na subtotal são removidos o corpo do útero, mantendo o colo.
Por último, a histerectomia radical consiste na remoção do útero, do colo de útero, parte da região superior da vagina e de parte dos tecidos ao redor desses órgãos. Esse procedimento é mais utilizado no tratamento de câncer em estágio avançado.
Quais os cuidados após a retirada do útero?
Após a cirurgia de retirada do útero, é normal que surjam alguns sintomas desconfortáveis, como as dores abdominais. Além disso, em função da necessidade de permanecer na cama no período de recuperação, pode ocorrer dor lombar.
Contudo, esses sintomas são facilmente contornados com o uso de analgésicos e com a prática de atividades físicas. Outra consequência do procedimento é a distensão abdominal, ou barriga inchada, que surge nos primeiros dias do pós-operatório.
Isso ocorre porque o intestino pode levar até 24 horas para voltar a funcionar normalmente, favorecendo o acúmulo de gases nesse período. Porém, a partir do início da alimentação e da hidratação, esse desconforto tende a diminuir.
Outrossim, também nos primeiros dias, pode ocorrer uma pequena hemorragia vaginal em decorrência da cicatrização da cúpula da vagina. Existem outros sintomas que não são considerados normais e exigem uma avaliação médica. São eles:
- dor abdominal intensa que aumenta gradualmente e não melhora com medicação;
- dor lombar que se torna persistente e localizada;
- sangramento vaginal moderado ou abundante e com mau cheiro;
- febre acima de 38ºC;
- obstipação durante vários dias, associada à distensão abdominal;
- cicatriz com sinais de inflamação e secreção.
Após o procedimento, a paciente deve aguardar por até seis semanas para retomar suas atividades normais. Além disso, é recomendável que faça pequenas caminhadas no primeiro dia do pós-cirúrgico.
Assim, será possível acelerar a cicatrização e evitar a formação de coágulos sanguíneos nas pernas. No que se refere à alimentação, a dieta pode ser normalizada após a cirurgia. A paciente também deve evitar levantar peso nas primeiras quatro semanas.
Outros cuidados básicos após a cirurgia de retirada do útero são: manter a região operada sempre limpa e seca, higienizando-a com água e sabão de coco ou neutro. O retorno às relações sexuais deve ser orientado pelo médico responsável pelo acompanhamento.
Então, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre os cuidados pós-operatórios da cirurgia de retirada do útero. Portanto, se precisar passar pelo procedimento, siga todas as orientações do seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!