câncer de ovário

Quais os fatores de risco para o câncer de ovário?

A prevalência mundial do câncer de ovário é de, aproximadamente, meio milhão de mulheres em um período de cinco anos. Essa neoplasia é considerada a mais letal e a sétima causa mais comum de óbitos em mulheres.

Neste post, você irá conhecer um pouco mais sobre essa doença e também sobre os fatores que aumentam as chances de alguém desenvolvê-la. Ficou interessado? Então, continue a leitura.

O que é um fator de risco?

O fator de risco é uma condição que torna um indivíduo mais suscetível a contrair determinada doença. No caso dos cânceres, cada tipo apresenta uma série de fatores de risco diferentes. Porém, é difícil saber o quanto cada um desses fatores contribui para o surgimento da neoplasia.

Neste sentido, o simples fato de se enquadrar em algum fator de risco não significa que a pessoa irá contrair a patologia. Pelo contrário, existem muitos casos de pacientes que não se enquadravam em nenhum dos fatores, mas adquiriram determinada doença.

Por fim, os fatores de risco podem ser modificáveis ou não. Por exemplo, uma alteração genética não pode ser alterada. Já o estilo de vida, tabagismo e consumo abusivo de bebidas alcoólicas são alguns dos aspectos que podem ser evitados ou até eliminados.

Conheça os fatores de risco para o câncer de ovário

Embora a grande maioria dos diagnósticos de câncer de ovário ocorra em mulheres sem uma causa evidente, é possível encontrar alguns fatores de risco associados. A seguir, listamos todas as condições que favorecem o desenvolvimento desta neoplasia maligna:

  • mutações genéticas BRCA1 e BRCA2: em cerca de 10% dos casos de câncer de ovário há a presença deste fator de risco. Os genes BRCA1 e BRCA2 integram um grupo de genes responsáveis pela divisão celular. Quando sofrem mutações, não funcionam corretamente, contribuindo para a transformação maligna. O risco é ainda maior nas mulheres com mais de 70 anos;
  • mutações genéticas Lynch II:  a síndrome de Lynch II é uma doença autossômica que está associada a uma pequena parcela dos casos de câncer colorretal e no ovário;
  • histórico familiar: mulheres com parentes de primeiro grau com histórico de câncer de ovário ou de mama têm maiores chances de também desenvolver essas patologias. A depender da idade em que a parente de primeiro grau foi diagnosticada, maior será o risco;
  • idade: a probabilidade de contrair a doença aumenta com a idade, sendo mais frequente a partir dos 63 anos, após a menopausa. Além disso, são raros os casos de câncer no ovário em mulheres com menos de 40 anos;
  • histórico reprodutivo: ter a primeira gestação após os 35 anos também é um importante fator de risco;
  • obesidade: há uma forte relação entre a obesidade e o desenvolvimento desta neoplasia maligna;
  • terapia hormonal após a menopausa: a realização de terapia hormonal com estrogênios aumenta consideravelmente as chances de contrair a doença. O risco é ainda maior quando esse tratamento é mantido por mais de cinco anos;
  • tratamento para fertilidade: acredita-se que a fertilização in vitro contribua para a formação de tumores ovarianos com baixo potencial de malignidade;
  • alcoolismo e tabagismo: o consumo de álcool e o uso de cigarro são comportamentos que favorecem o surgimento do câncer de ovário do tipo mucinoso;
  • alimentação: existem indícios de que a manutenção de uma alimentação saudável e pobre em gorduras reduza as chances de uma mulher adquirir essa e outras neoplasias;
  • uso de anticoncepcionais: o controle de natalidade por meio dos anticoncepcionais também diminui o risco deste tipo de câncer. Quanto maior o tempo de utilização, menor será a chance de desenvolvê-lo.

Enfim, como você pode perceber, existem muitos aspectos que contribuem para a formação do câncer de ovário. Portanto, para diminuir as chances de sofrer com esta patologia, elimine os fatores que são modificáveis e converse com seu médico sobre aqueles que não podem ser alterados.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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