Doctor examining patient skin moles with dermoscope

Quais são os procedimentos indicados para a remoção de lesões e Tumores a Pele?

O câncer de pele não melanoma é o tipo de neoplasia mais comum no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os diagnósticos de tumores malignos registrados no país. No que se refere ao tratamento, existem alguns procedimentos para a remoção de lesões e tumores na pele.

Quer saber mais sobre eles? Então, recomendamos a leitura deste texto. Nele, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre as diferentes alternativas cirúrgicas utilizadas no tratamento desta doença.

Excisão cirúrgica

Trata-se do procedimento cirúrgico realizado para a remoção de uma lesão através do corte da pele ao redor do tumor, sendo utilizada tanto para retirar lesões benignas quanto malignas. No caso específico do câncer de pele, retira-se, além do tumor, um pedaço de pele saudável.

Ainda, a excisão cirúrgica é o padrão ouro no tratamento dos tumores cutâneos e pode ser combinada com radioterapia ou pomadas imunomoduladoras. No entanto, só é indicada para a remoção de lesões com margens bem delimitadas.

O procedimento é feito com anestesia local, em ambiente ambulatorial. Caso o paciente sofre de algum problema que afete sua coagulação, faça uso de anticoagulantes ou tenha alergia aos anestésicos locais, a excisão cirúrgica é contraindicada.

A duração da cirurgia depende do tamanho do tumor que será retirado. No procedimento, o médico realiza um corte na pele ao redor da lesão. Em seguida, a incisão é fechada com pontos. Caso seja grande, é necessário um enxerto de pele para cobrir a ferida.

Curetagem e eletrodissecação

No caso dos tumores basocelular e espinocelular, a técnica da curetagem seguida da eletrodissecação é uma alternativa muito utilizada. O procedimento visa remover a lesão através da raspagem com uma cureta.

Posteriormente, a área onde o tumor estava localizado é tratada com a eletrodissecação. A técnica consiste em colocar um eletrodo sob a pele que emite uma corrente elétrica para destruir as células cancerígenas remanescentes.

Cirurgia de Mohs

Trata-se do procedimento mais indicado para o tratamento de tumores que apresentam maior risco de recidiva, como aqueles com mais de 2 cm de diâmetro ou com bordas mal definidas, para tumores recidivados, para tumores que se disseminaram ao longos dos nervos e para tumores localizados na face ou na região genital.

Ainda, a cirurgia de Mohs também é recomendada quando o objetivo é poupar o máximo possível de pele saudável. Nessa técnica, o profissional retira uma camada de pele afetada pela doença e mapeia sua localização.

A amostra coletada é avaliada por um patologista. Caso sejam identificadas células cancerígenas, remove-se mais uma amostra de tecido, que será novamente analisada. Esse procedimento persiste até que não haja mais indícios de câncer no tecido.

Dissecção do linfonodo

Quando o câncer de pele melanoma apresenta disseminação para os linfonodos, recomenda-se a remoção cirúrgica dessas estruturas. O procedimento é feito de acordo com as particularidades da disseminação da doença.

Caso os linfonodos estejam inchados, realiza-se uma biópsia do linfonodo sentinela. Com isso, será possível identificar a disseminação do tumor para outros linfonodos. Nessa técnica, os gânglios linfáticos são retirados e, em seguida, verifica-se a presença de células doentes.

Enfim, esses são os principais procedimentos indicados para a remoção de lesões e tumores na pele. A decisão pela melhor técnica é baseada no estado de saúde do paciente, no estadiamento, tipo e localização do tumor.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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