Para muitos, a pinta é um “quê” a mais: não por acaso, estrelas de Hollywood, especialmente do cinema antigo, costumavam ter pintas charmosas acima da boca, no canto dos olhos, no meio das bochechas.
Apesar desse glamour, que é completamente justificável, é preciso que fiquemos atentos. Há situações em que a presença das pintas deve ser investigada por um especialista.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre o assunto. Se você gostaria de saber mais, leia o material que preparamos.
Pinta: quando pode ser perigosa?
Se você nasceu com uma pinta específica e ela se manteve inalterada, pode ficar tranquilo. Pintas que nascem conosco tendem a não causar problemas e podem se apresentar de formas distintas, com tons e tamanhos diferentes.
As pintas preocupantes são aquelas que aparecem – ou seja, que não nasceram com o indivíduo -, que crescem de uma hora para outra, que mudam de cor ou adquirem tonalidade muito escura ou que literalmente mudam de formato.
Pessoas que têm muitas pintas também devem prestar atenção, já que marcas novas podem passar despercebidas. Os que possuem pele muito clara também devem se atentar, visto que se trata de uma característica vulnerável ao desenvolvimento de cânceres de pele.
Como identificar uma pinta que deve ser avaliada
A auto-observação é sempre a melhor saída: quem tem o costume de verificar o próprio corpo no espelho e através do toque tem mais chance de notar alterações assim que elas aparecem.
Caso perceba uma pinta nova, vale aplicar o método ABCDE, indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Ele consiste nos seguintes passos:
- A: assimetria. Pintas comuns tendem a ser simétricas;
- B: borda. Bordas irregulares, com pontas ou curvas, são um sinal de alerta;
- C: cor. Como comentamos, pintas perigosas têm tonalidade escurecida, marrom ou mesmo mudam de cor;
- D: diâmetro. Pintas com mais de cinco milímetros devem ser levadas à atenção de um especialista;
- E: evolução. Pintas saudáveis permanecem com o mesmo aspecto; assim, qualquer alteração no tamanho e na textura deve ser avaliada.
Os sinais nem sempre aparecem juntos, portanto é importante, ao identificar qualquer modificação do gênero, entrar em contato com um médico dermatologista.
Como prevenir o surgimento do câncer de pele?
O câncer de pele é, segundo a SBD, responsável por 33% dos diagnósticos da enfermidade em solo brasileiro. Na prática, são mais de 180 mil novos casos por ano.
Existem três tipos de câncer de pele que devemos conhecer: dois deles se encaixam na categoria “câncer de pele não melanoma” e, portanto, são menos agressivos e possuem baixa letalidade.
O câncer de pele melanoma, no entanto, é considerado mais agressivo e possui maior letalidade, razão pela qual deve ser tratado com o máximo de cuidado.
Pessoas que tiveram casos de câncer melanoma na família e que possuem grande quantidade de sardas ou pintas devem evitar a exposição ao sol, utilizar protetor solar com fator alto e, sempre que possível, fazer exames de rotina.
Da mesma forma, quem passou muito tempo se expondo ao sol por conta do trabalho, especialmente sem os devidos cuidados de proteção, deve procurar ajuda especializada.
Pessoas de pele branca, como já comentamos, estão mais propensas ao desenvolvimento do câncer de pele. Isso não significa, no entanto, que as pessoas com a pele mais escura não devam tomar cuidado: a doença também pode atingi-las.
A regra de ouro, no fim, é a tríade a seguir: manter-se atento às modificações do próprio corpo – como o surgimento de uma nova pinta, claro -, evitar a exposição ao sol e não negligenciar a opinião médica.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!