É possível reduzir a queda de cabelo durante a quimioterapia?

A quimioterapia é um tratamento que ataca as células de câncer. Pode ser aplicada em conjunto com a cirurgia oncológica, a radioterapia e a hormonioterapia. Como a medicação quimioterápica não age somente contra o tumor, células saudáveis também sofrem os efeitos dessas substâncias potentes. A queda de cabelos é uma das consequências da quimioterapia. Muitos pacientes encaram a perda capilar com mais naturalidade. Algumas mulheres costumam recorrer ao uso de lenços ou peruca para disfarçar a calvície temporária. Outras não perdem a autoestima e decidem exibir a careca, sem medo dos olhares alheios. Contudo, muitas pessoas não conseguem conviver com a perda de cabelos, durante esse processo, mesmo sabendo que, após o término do tratamento, os fios voltam a crescer.

A boa notícia é que a queda de cabelos durante a quimioterapia pode ser evitada. Um tratamento que vem apresentando resultados satisfatórios é a crioterapia ou o resfriamento do couro cabeludo. O procedimento, porém, é contraindicado em casos de linfoma, câncer de pele ou outras doenças do couro cabeludo.

Quimioterapia: resfriamento evita queda de cabelos

O problema pode ser resolvido com o resfriamento do couro cabeludo. Antes de iniciar a sessão de quimioterapia, o médico coloca, na cabeça do paciente, uma espécie de touca térmica, ligada a uma central de resfriamento, a qual submete o couro cabelo a baixas temperaturas. A sensação térmica que o paciente terá é de até 15º C.

Sob o efeito do frio intenso, a circulação sanguínea no couro cabeludo é reduzida em consequência da contração dos vasos sanguíneos. Com menos sangue circulando no couro cabeludo, os folículos capilares receberão uma quantidade menor das substâncias do composto quimioterápico. Dessa forma, é possível reduzir a perda capilar no tratamento de câncer.

Alguns pacientes podem experimentar um grande desconforto com o resfriamento do couro cabeludo, no início da sessão. Mas, após um período, acabam se adaptando ao procedimento. O processo é realizado meia hora antes da sessão de quimioterapia, e, depois, o paciente ainda precisará ficar até 90 minutos com a touca, para que a técnica alcance o resultado desejado, ou seja, evitar a perda capilar. Esses prazos dependem do tipo de medicamentos usado na quimioterapia.

O resfriamento do couro cabeludo é mais eficaz quando a dosagem de medicação quimioterápica é moderada. Em tratamentos de alta dosagem, o paciente poderá perder cabelos, mas em menor quantidade, se comparado a uma pessoa que faz a quimioterapia sem o resfriamento do couro cabeludo. Os resultados mostram uma redução de até 30% na perda capilar em pacientes submetidos a doses mais fortes de quimioterapia.

Cientistas continuam pesquisando fórmulas ideais para evitar a queda de cabelos durante o tratamento quimioterápico. No futuro, os serviços oncológicos poderão oferecer mais opções contra esse efeito colateral indesejável. Porém, o mais importante é fazer o check up anual para prevenir o câncer e/ou diagnosticá-lo precocemente, iniciando o tratamento o mais cedo possível.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre o meu trabalho como oncologista em Londrina.

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