Na maioria dos casos de cânceres ginecológicos, a cirurgia para remoção dos tumores é a alternativa mais eficaz de tratamento. Porém, em algumas situações, o procedimento também exige a retirada do útero, das trompas e ovários.
Você sabe como funciona essa cirurgia? Conhece as indicações para esse tipo de procedimento? Caso não, continue a leitura deste post. Nele, você encontrará todas as informações que procura a respeito do assunto.
O que é a histerectomia?
Trata-se da cirurgia de retirada do útero indicada para mulheres com problemas graves na região pélvica. O procedimento é realizado quando outras alternativas de tratamentos não surtiram o efeito esperado.
Ainda, a histerectomia é classificada em três tipo: total, subtotal ou radical. No primeiro caso, retira-se todo o útero e o colo do útero. Na segunda forma, remove-se o corpo do útero, mas o colo é preservado. No tipo radical, além do útero e do seu colo, também são retiradas a parte superior da vagina e dos tecidos adjacentes.
Quando a retirada do útero é indicada?
A histerectomia é a segunda cirurgia ginecológica mais realizada no Brasil. Embora seja mais comumente indicada para o tratamento de algumas condições, também pode ser realizada como medida preventiva. De modo geral, a retirada do útero é indicada nos seguintes casos:
- miomas: um problema muito comum entre as mulheres. Em casos graves que provocam grandes hemorragias, a histerectomia é a alternativa mais eficiente para tratar definitivamente o problema;
- endometriose: condição caracterizada pela presença do endométrio fora da cavidade uterina. Quando o quadro é grave e o tratamento clínico não provocou o resultado esperado, a retirada do útero é indicada;
- câncer ginecológico: a histerectomia é a principal forma de tratamento do câncer de colo de útero e nos ovários. A extensão do procedimento depende do estadiamento do tumor;
- prolapso uterino: situação onde a distensão e flacidez dos músculos e ligamentos do assoalho pélvico fazem com que saiam de suas posições e desçam para a vagina. O controle dos sintomas pode ser obtido pela remoção do útero combinada com a reparação do relaxamento pélvico;
- sangramento vaginal anormal: as hemorragias acentuadas e graves também são tratadas pela histerectomia;
- dor pélvica crônica: quando está relacionada com alguma condição uterina, a remoção do útero é o último recurso de tratamento.
Como a cirurgia é realizada?
Além de ser classificada em total, subtotal ou radical, a histerectomia também é dividida de acordo com a técnica cirúrgica utilizada, podendo ser abdominal, vaginal, laparoscópica ou robótica.
No primeiro caso, o cirurgião realiza um corte na região abdominal para remover o útero, sendo o método mais utilizado em todo o mundo. Já a vaginal consiste na retirada do útero através da vagina, separando-o dos ovários, trompas, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
Ainda, o tipo laparoscópica consiste na execução de pequenos cortes no umbigo ou na vagina para a inserção de um tubo que possui uma câmera em sua extremidade. Assim, o médico visualiza a região e remove o útero.
Por último, a histerectomia robótica é a técnica que se utiliza de braços robóticos controlados pelo cirurgião. O procedimento funciona de modo semelhante à laparoscópica, com a visualização de imagens fornecidas por uma câmera introduzida pela vagina ou pelo abdômen.
Enfim, a cirurgia de retirada do útero é um procedimento invasivo e que tende a ser indicado apenas como última opção de tratamento. Para sua realização, existem cuidados que precisam ser adotados tanto no pré quanto no pós-operatório.
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