Condição rara, o sarcoma de Kaposi é um tipo de câncer que atinge as camadas mais profundas dos vasos sanguíneos, provocando lesões na pele, no fígado, nos pulmões, nos gânglios e em toda a extensão da mucosa intestinal. No último caso, podem ocorrer sangramentos digestivos.
Outras regiões que podem ser acometidas pelas lesões típicas do sarcoma de Kaposi são os lábios, gengivas, língua, parte interna das bochechas, amígdalas, assim como pálpebras e olhos. A incidência deste tipo de câncer é significativamente maior em pacientes imunossuprimidos, como pessoas com Aids, idosos ou indivíduos transplantados, por exemplo.
Há diferentes maneiras de tratar essa enfermidade. A cirurgia é uma delas. Leia o artigo e descubra quando o procedimento cirúrgico é indicado para tratar o sarcoma de Kaposi.
Quais são os tratamentos conservadores para o sarcoma de Kaposi?
A abordagem terapêutica costuma envolver sessões de quimioterapia e radioterapia, bem como imunoterapia, terapia alvo e uso de medicação específica para a formação de vasos sanguíneos novos. As medicações antirretrovirais para tratar o HIV reduzem o risco de sarcoma de Kaposi nas pessoas com Aids. Além disso, contribuem para a diminuição das lesões.
Os sintomas do sarcoma de Kaposi incluem lesões em forma de manchas rosadas, avermelhadas ou arroxeadas na pele branca. Na pele negra, no entanto, as manchas têm coloração amarronzada e podem se espalhar pelo corpo ou pela cavidade oral. Outras manifestações que merecem atenção são a retenção de líquido e a insuficiência respiratória.
Quando a cirurgia é recomendada?
O tratamento cirúrgico não é indicado para todos os casos de sarcoma de Kaposi. Na verdade, a remoção cirúrgica é recomendada apenas quando o indivíduo apresenta poucas (e pequenas) lesões. Entretanto, o especialista deve avaliar cada caso individualmente e indicar a técnica cirúrgica mais apropriada.
A cirurgia pode ser feita basicamente de duas formas: por excisão simples ou por curetagem com eletrodissecação. Na primeira opção de cirurgia, a pele é anestesiada e a lesão tumoral é removida com o bisturi, juntamente com uma porção do tecido adjacente.
Na segunda técnica cirúrgica, o tratamento remove o tumor por meio de raspagem usando uma cureta e, em seguida, o local é tratado com uma descarga elétrica, a fim de destruir as células cancerígenas remanescentes e diminuir as chances de volta do tumor.
Ainda assim, em ambas as alternativas a lesão pode ter recidiva no mesmo local, o que significa que, mesmo após a conclusão do tratamento, os indivíduo que tiveram sarcoma de Kaposi devem fazer o acompanhamento regular com o oncologista.
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