Os hormônios são essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. Geralmente, a reposição do estrogênio é indicada para as mulheres, principalmente na menopausa, uma vez que ele é produzido em menor quantidade durante esse período. Porém, o que muitas mulheres não sabem é que esse hormônio pode ser responsável por uma maior probabilidade de desenvolvimento de um câncer de mama, que se caracteriza como uma doença hormônio-dependente.
Tal hipótese foi levantada por especialistas ao verificar que cerca de 99% dos tumores de câncer de mama acometeram as mulheres, que tem mais taxas desse hormônio do que os homens. Utilizar a reposição hormonal apenas de estrogênio pode aumentar o risco de desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas e câncer de mama, de endométrio e de ovário. Por isso, o ideal é que a reposição hormonal seja feita tanto com estrogênio como com progesterona, a fim de evitar a ação isolada do hormônio feminino.
Mas por que isso acontece?
O estrogênio é responsável por realizar a multiplicação das células dos tecidos mamários e reprodutores, o que significa que a mulher fica exposta aos possíveis danos desse hormônio, se ele estiver em excesso, por um longo período da vida. Com isso, o risco de erros na multiplicação das células pode vir a provocar algum desses cânceres mais facilmente do que nos homens.
O câncer de endométrio, que é um dos que mais acomete a saúde ginecológica, tem mais incidência em pessoas com obesidade, já que elas apresentam excesso de estrogênios e hiperinsulinemia, que são os principais responsáveis por esse câncer.
Já o câncer epitelial de ovário se dá principalmente em mulheres com mais de 60 anos, sendo provocado também principalmente por causa da obesidade e pela reposição de hormônios característica da fase de menopausa.
O problema do excesso
Porém, tanto o excesso como a falta desse hormônio podem ser prejudiciais para a saúde da mulher. Isso pode ser observado no período da menopausa, quando a produção do estrogênio é consideravelmente diminuída, provocando sintomas bastante incômodos, como falta de lubrificação vaginal, dor nas relações sexuais, sudorese constante, infecções no sistema urinário, osteoporose, depressão, irritabilidade, aumento de peso, entre outros.
O efeito do câncer nos hormônios
O efeito oposto também acontece. Da mesma forma que o hormônio do estrogênio em excesso pode causar câncer, a doença também provoca alterações nos hormônios de duas formas: ou quando as células cancerígenas produzem hormônios que causam sintomas indesejáveis, ou quando o uso de medicamentos para o tratamento provoca a alteração dos níveis hormonais que ainda estão normais.
Muitas pessoas resumem os efeitos do câncer nesses órgãos produtores de hormônios apenas na alteração do desejo sexual. Porém, esses sintomas podem ser bem mais abrangentes, incluindo suores e vermelhidão pelo corpo, problemas de concentração e de memória, cansaço excessivo, dificuldade para dormir, alteração de peso, perda óssea etc.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!