O câncer de mama e o câncer de ovário são dois dos tipos mais comuns de câncer que afetam as mulheres em todo o mundo. Ambas as doenças possuem um componente genético significativo, o que significa que certas alterações nos genes podem aumentar o risco de uma mulher desenvolver esses tipos de câncer. A avaliação do risco genético por meio de testes genéticos se tornou uma ferramenta importante para identificar indivíduos que podem ser portadores dessas alterações genéticas e, portanto, estão em maior risco de desenvolver câncer de mama e ovário.
Neste artigo, abordaremos em detalhes os testes genéticos para câncer de mama e ovário, fornecendo uma visão abrangente sobre como esses testes são realizados, quais genes estão envolvidos e como os resultados podem ser interpretados. Continue a leitura!
Quais são os testes genéticos utilizados?
Os testes genéticos para câncer de mama e ovário são baseados na análise de genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, que são conhecidos por desempenharem um papel importante no desenvolvimento desses tipos de câncer.
Esses genes são responsáveis pela produção de proteínas que ajudam a reparar danos no DNA e prevenir o crescimento celular descontrolado. No entanto, alterações genéticas nesses genes, como mutações, podem prejudicar sua função e aumentar o risco de câncer.
Como são realizados?
A realização de testes genéticos para câncer de mama e ovário geralmente envolve a coleta de uma amostra de sangue ou saliva do paciente. Essa amostra é então enviada para um laboratório especializado, onde o DNA é sequenciado. O sequenciamento do DNA permite identificar possíveis mutações nos genes associados ao câncer de mama e ovário.
Como é feita a interpretação desses testes genéticos?
Uma vez que os resultados dos testes genéticos estejam disponíveis, é necessário interpretá-los adequadamente. É importante ressaltar que nem todas as alterações genéticas encontradas em um teste indicam um alto risco de desenvolver câncer.
Algumas alterações podem ser variantes benignas ou de significado desconhecido. Portanto, é fundamental contar com o suporte de um profissional especializado em aconselhamento genético para ajudar a interpretar os resultados e fornecer orientações adequadas.
Em casos em que são encontradas mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, que são as mutações mais comumente associadas ao câncer de mama e ovário hereditários, o risco de desenvolver esses tipos de câncer pode ser significativamente aumentado.
Essas informações são essenciais para que as mulheres possam tomar decisões informadas sobre sua saúde, como a realização de exames de detecção precoce mais frequentes, como mamografias e ultrassonografias transvaginais, ou até mesmo considerar opções preventivas, como cirurgias profiláticas.
Por fim, vale ressaltar que os testes genéticos não são recomendados para todas as mulheres. Geralmente, são consideradas para aquelas com histórico familiar de câncer de mama ou ovário, especialmente se o câncer ocorreu em idades mais jovens ou se houver vários casos na mesma família.
Também podem ser consideradas para mulheres com características clínicas sugestivas de síndromes hereditárias relacionadas ao câncer, como o câncer de mama bilateral ou câncer de mama masculino.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!