O câncer de ovário é o segundo tumor ginecológico mais frequente no Brasil. Em primeiro lugar, está o câncer de colo do útero.
Quase 4 mil mulheres perderam a vida em decorrência do tumor ovariano, em 2017. Para 2020, espera-se 6.650 novos casos da neoplasia, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Neste artigo, busco esclarecer as principais dúvidas das mulheres com relação a este tipo de câncer. Por isso, a leitura é essencial como medida de prevenção.
Quais são os sintomas do câncer de ovário?
Nos estágios iniciais, os sintomas do câncer de ovário podem ser confundidos com outras doenças, já que, inicialmente, ele manifesta sinais sutis. Infelizmente, esta é uma neoplasia que demonstra sintomas em estágios mais avançados.
Quando isso acontece, os principais sintomas incluem:
- inchaço;
- dor pélvica ou abdominal;
- dificuldade em comer ou sentir-se cheio rapidamente;
- sintomas urinários (urgência ou frequência).
Caso os sintomas persistam por mais de duas semanas, não hesite em buscar a ajuda do seu ginecologista.
Existe prevenção para o câncer de ovário?
Infelizmente, não. O que existe é a observação de que o uso de contraceptivos orais diminuem em até 50% o risco de desenvolvimento da doença, caso sejam utilizados por, no mínimo, cinco anos.
Outra observação interessante é que a gravidez e a amamentação também reduziram o risco de câncer no ovário. Outros estudos mostraram que a ligadura, a histerectomia e a remoção dos ovários também foram medidas preventivas responsáveis pela redução de novos casos da doença.
De todo modo, em caso de risco comprovado para a doença, como genes ligados ao desenvolvimento deste tipo de tumor, deve-se conversar com o seu médico sobre as melhores ações a serem tomadas.
Há relação entre o câncer de mama e o câncer de ovário?
O câncer de mama e de ovário podem ser causados por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. Os genes podem ser detectados em exames genéticos.
A relação entre as doenças existe, inclusive, quando uma mulher desenvolve câncer de mama antes dos 50 anos. Nessas pacientes, existe duas vezes mais chances para o desenvolvimento de um câncer de ovário.
A alteração em outros genes tem associado o câncer de ovário, inclusive, aos cânceres colorretal e de útero.
Quem removeu o ovário tem risco para a doença?
Não. Porém, existe um tipo de tumor semelhante ao câncer de ovário que ainda pode ser desenvolvido, mesmo após a remoção dos órgãos. Estamos falando do câncer de peritôneo, que deve ser tratado com os mesmos medicamentos usados para o tratamento do câncer ovariano.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em Londrina!