Childless woman in fertility clinic talking to doctor about issues having children

Tudo que você precisa saber sobre fertilidade após o tratamento do câncer ginecológico

Além de todas as dificuldades trazidas por um diagnóstico de câncer ginecológico, muitas mulheres ainda precisam lidar com as dúvidas sobre a possibilidade ou não de engravidar. Isso porque o tratamento dessa neoplasia pode afetar sua fertilidade.

Neste post, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito dessa relação. Então, se tem interesse no tema e gostaria de entender mais sobre ele, continue a leitura do post.

O que é o câncer ginecológico?

O termo câncer ginecológico é utilizado para reunir as neoplasias que acometem o aparelho reprodutor feminino, atingindo o ovário, útero, endométrio, vagina ou a vulva. Dentre eles, os mais prevalentes são o de colo do útero e o de ovário.

Ainda, algumas dessas neoplasias podem apresentar sintomas no estágio inicial. Porém, outras só manifestam sinais quando estão em fase avançada. Por isso, é fundamental que a mulher esteja atenta ao seu corpo, contribuindo para o diagnóstico precoce do câncer.

Ademais, uma das medidas de prevenção a este tipo de câncer é manter uma rotina de visitas ao ginecologista a fim de realizar exames preventivos, que precisam ser repetidos, pelo menos, uma vez por ano.

Como o tratamento deste câncer interfere na fertilidade?

A depender da severidade da doença e do estadiamento do câncer, o tratamento de alguns tipos de câncer ginecológico podem interferir na fertilidade das mulheres, pois exigem a remoção parcial ou total de órgãos reprodutivos.

Um exemplo é a histerectomia, medida terapêutica muito utilizada no tratamento do câncer de útero e que consiste na retirada do órgão, impossibilitando uma gravidez. Por outro lado, outras neoplasias ginecológicas podem ser tratadas com medidas que preservam a fertilidade.

No câncer de mama, a influência dos hormônios e da placenta pode interferir na evolução do tumor. Assim, recomenda-se o planejamento da gravidez para dois anos depois do fim do tratamento com quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia.

Contudo, a depender da idade da paciente, essa medida não é possível. A partir dos 38 anos, a orientação é que se inicie a indução, através da fertilização in vitro, para posterior implantação do óvulo. No entanto, caso a gestação ocorra durante o tratamento com quimioterapia, pode resultar em má formação congênita. 

Ademais, no tratamento do câncer de colo de útero, alguns procedimentos eficazes no estágio inicial não interferem na fertilidade da mulher, como é o caso da traquelectomia. Além disso, existem outros métodos eficazes na preservação da fertilidade, tais como:

  • congelamento de óvulos-embriões: antes da radio ou quimioterapia, os óvulos maduros são coletados do útero e imediatamente congelados para uso posterior;
  • ooforopexia: trata-se da transposição cirúrgica dos ovários para fora da área que será submetida à radiação, conservando o vaso sanguíneo;
  • cirurgia ginecológica conservadora: técnica em que o colo do útero e o útero, após serem ressecados, são novamente suturados à vagina.

Enfim, o tratamento do câncer ginecológico pode influenciar diretamente na fertilidade das pacientes. Neste sentido, com o devido acompanhamento médico e estadiamento da doença, poderá indicar a melhor técnica para preservar a fertilidade da mulher.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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