O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, perdendo apenas para o câncer de colo de útero, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). De modo geral, os tumores no ovário podem ser epiteliais, células germinativas e células estromais.
Você conhece esses tipos de câncer de ovário? Quer saber mais sobre eles? Então, não deixe de ler este post. Nele, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito deles.
1) Tumores epiteliais de ovário
Os tumores epiteliais são os tipos mais comuns de câncer de ovário. As células epiteliais revestem a superfície do órgão e respondem por cerca de 95% das neoplasias ovarianas. Além disso, só costumam provocar sintomas quando estão em estágio avançado.
Ainda, os tumores no ovário de células epiteliais podem ser classificados em diversos subtipos diferentes, que variam de acordo com suas características. A seguir, explicaremos tudo sobre os tipos mais importantes:
- cistoadenocarcinoma seroso-papilífero: constitui cerca de 75% dos tumores invasivos, não se disseminam e nem provocam quadros graves;
- carcinoma endometrióide: é o segundo tipo mais comum e surge nas células do endométrio;
- carcinoma mucinoso e de células claras: são de comportamento agressivo e com maior risco de metástases. Além disso, são os tipos que pior respondem à quimioterapia, principalmente se diagnosticados em fases avançadas;
- tumores borderline: são tumores não invasivos ou de potencial malignidade, sendo os serosos e mucinosos os mais recorrentes. Esses tipos são os menos comuns e raramente dão origem a metástases;
- carcinoma peritoneal primário: se inicia nas células que revestem o interior das trompas de Falópio e podem se disseminar ao longo da pelve e abdômen.
Ainda, o tratamento dos tumores epiteliais varia de acordo com o estadiamento da doença. Em fase inicial, realiza-se a cirurgia para a retirada do tumor, do útero, das trompas de Falópio e dos ovários.
Caso esteja mais avançado, o tratamento envolve a cirurgia combinada com quimioterapia. Além disso, o paciente precisa realizar exames de sangue periódicos para verificação do marcador tumoral e avaliação da resposta ao tratamento.
2) Tumores de células estromais
Os tumores estromais representam 1% dos casos de cânceres de ovário, sendo a maioria diagnosticados em mulheres com mais de 50 anos. Em situações menos comuns, esses tipos produzem hormônios masculinos.
Ainda, os tumores estromais podem ser classificados em tumores de células granulosas, de teca-granulosa e de células de Sertoli-Leydig. Quando benignos, podem ser tecomas ou fibromas.
Geralmente, esse tipo de tumor no ovário é tratado com cirurgia. Em estágio intermediário, o procedimento visa reduzir o tumor e é combinado com radioterapia e quimioterapia. O tratamento hormonal é utilizado em casos avançados.
3) Tumores de células germinativas
As células germinativas são as que formam os óvulos. Em apenas 2% dos casos, o tumor no ovário tem origem nessas células. Geralmente, trata-se de uma condição benigna. Quando malignos, podem ser letais.
Ainda, existem diferentes subtipos de tumores de células germinativas, sendo os mais comuns: teratomas, disgerminomas, tumores de seio endodérmico e coriocarcinomas. O tratamento dos tumores benignos consiste na remoção cirúrgica da parte do ovário acometida.
No caso de tumores malignos, a cirurgia é realizada para removê-los e também os ovários e as trompas de Falópio. Além disso, a maioria das pacientes precisarão realizar quimioterapia e, raramente, a radioterapia.
Enfim, com a leitura deste post, você conheceu tudo sobre o tumor no ovário e seus respectivos tratamentos. Portanto, procure adotar as medidas necessárias para preveni-lo, afastando os fatores de risco associados à doença
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