De acordo com levantamento do Ministério da Saúde brasileiro, o HPV é responsável por cerca de 16 mil casos de câncer de colo de útero por ano no Brasil. Esse é apenas um dos tipos de cânceres ginecológicos que esse vírus pode causar.
No entanto, com o desenvolvimento da vacina contra o HPV, já é possível prevenir o desenvolvimento dessa doença. Neste post falaremos sobre como se dá essa prevenção, além de explicarmos um pouco mais sobre o câncer ginecológico.
O que é o câncer ginecológico?
Trata-se de um tipo de câncer que acomete um dos órgãos do sistema genital feminino, como o endométrio, a vulva, o útero, a vagina e o ovário. A doença se desenvolver a partir da proliferação descontrolada das células, o que provoca a formação de tumores na região.
Ainda, o câncer ginecológico pode ter inúmeras causas, pois, variam de acordo com a localização do tumor. Na maioria dos casos, a origem está em uma infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), distúrbios hormonais, início precoce da vida sexual ou fatores genéticos.
Ademais, o diagnóstico precoce desses tumores malignos é possível pela realização dos exames ginecológicos de rotina, tais como, o papanicolau, colposcopia, histeroscopia, ultrassom vaginal e exame pélvico.
Qual a relação entre HPV e o câncer?
O HPV é um vírus que pode infectar a pele ou as mucosas do corpo. Além disso, existem mais de 150 tipos diferentes desse microrganismo e cerca de 40 deles podem acometer os órgãos do trato ano-genital.
Ainda, o Papilomavírus Humano pode ser classificado conforme o grau de risco que oferece para o desenvolvimento de uma lesão cancerígena, sendo 13 os tipos considerados de alto risco e chamados de oncogênicos.
Contudo, a infecção pelo HPV costuma ser transitória e tende a regredir espontaneamente. Apenas em situações menos comuns, o quadro é provocado por um tipo de alto risco, desenvolvendo lesões percursoras que, quando não tratadas, evoluem para um câncer.
Ademais, a transmissão do HPV ocorre pelo contato direto com a pele ou a mucosa de uma pessoa infectada. Por isso, a principal forma de contágio é pela relação sexual, seja ela oral, vaginal ou anal, o que explica a relação do vírus com o câncer ginecológico.
Qual o papel da vacina contra o HPV na prevenção desse câncer?
Existem dois tipos de vacinas contra HPV que são registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São elas a quadrivalente, que protege contra os tipos HPV-6, 11, 16 e 18, e a bivalente, que confere proteção contra o HPV-16 e HPV-18.
Porém, a garantia da imunização contra o vírus só ocorre quando o indivíduo recebeu a primeira dose da vacina antes de iniciar sua atividade sexual. Caso contrário, a sua eficiência é reduzida consideravelmente.
Ademais, segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação contra o HPV pode ser capaz de erradicar o câncer de colo do útero, caso haja uma ampla cobertura vacinal.
Neste sentido, a melhor forma de prevenir o câncer ginecológico, em especial o de colo de útero e de vulva, é aderindo à vacinação contra o HPV. Além disso, a realização de exames preventivos é de extrema importância para identificar precocemente as lesões cancerígenas.
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