Câncer de pele

Câncer de pele: por que é o mais comum do mundo?

De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pele é o mais comum no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Por isso, é de extrema importância conhecer mais sobre essa doença.

Essa realidade também se mantém no cenário mundial, sendo esta a neoplasia mais prevalente. No entanto, o que explica essa alta incidência? Para saber a resposta, continue a leitura do texto.

O que é câncer de pele?

Em primeiro lugar, o câncer de pele ocorre a partir da ação de células cancerígenas, as quais se proliferam na pele formando tumores. Essa doença é mais comum em pessoas acima dos 40 anos e de pele clara, sendo rara em crianças e pessoas negras.

Existem dois principais de câncer de pele: melanoma e o não melanoma. O primeiro, apesar de menos frequente, é o mais agressivo, pois o tumor consegue invadir qualquer órgão do corpo, gerando metástases e levando à morte.

Já o não melanoma é menos severo e de maior incidência, com alta chance de cura, desde que seja diagnosticado e tratado precocemente. Este se classifica em: carcinoma basocelular (CEC) e carcinoma epidermóide.

Ainda, o carcinoma basocelular é mais comum e menos agressivo, surgindo como uma lesão de lenta evolução. Já o epidermóide também surge por meio de uma ferida ou de uma cicatriz, considerado mais grave porque pode apresentar metástase.

Por que é o câncer mais comum no mundo?

Em suma, o desenvolvimento do câncer está diretamente relacionado à incidência de raios solares. Portanto, quanto maior a exposição desprotegida ao sol, maior será o risco de apresentar a condição.

Nesse sentido, por ser um país tropical e com alta incidência de radiação ultravioleta durante todo o ano, o Brasil apresenta fatores que favorecem a multiplicação de números de casos deste câncer.

Além disso, há outro agravante: a população brasileira não possui o hábito de passar filtro solar antes de se expor ao sol. Ademais, eventualmente se preocupa com a proteção nas idas à praia ou piscina.

Assim, a mesma regra vale para outros países do mundo que possuem características semelhantes. Há também outro aspecto a ser analisado: a incidência de raios solares permanece mesmo em dias nublados, o que também exige o uso de protetor solar.

Por último, é preciso lembrar que os danos causados pelo sol são cumulativos. Isso significa que, com o passar dos anos e quanto mais frequente a exposição, maior a possibilidade de manchas e tumores malignos.

Como prevenir?

Como os principais fatores de risco para o câncer de pele podem ser modificados, é necessário adotar medidas de prevenção. Por isso, listei abaixo algumas atitudes simples que afastam o risco da doença.

  • uso do filtro solar: passe o protetor solar todos os dias pela manhã, independente do clima. Para escolher o melhor produto, converse com seu dermatologista para saber qual o tipo mais adequado para sua pele; 
  • utilize roupas que cobrem o corpo: use roupas confortáveis e que cubram bem o corpo. Essa dica é ainda mais importante para quem trabalha ao ar livre ou exposto ao sol;
  • aposte nos chapéus com abas largas: os chapéus funcionam como uma barreira para a radiação solar, principalmente aqueles fabricados com palha, tecidos e fibras;
  • respeite os horários: para que a sua ida à praia ou os exercícios ao ar livre ocorra de forma segura, evite os horários entre 10 e 16 horas, pois é o período onde há maior incidência da radiação solar. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

O que deseja encontrar?

Compartilhe