O câncer gastrointestinal é uma condição que acomete cerca de 3 mil pessoas por ano. Como se desenvolve no trato digestivo, ele pode afetar todos os órgãos desse sistema, desde o esôfago ao intestino delgado.
Embora não tenha suas causas esclarecidas, esta neoplasia maligna está relacionada a fatores de risco que elevam as chances de uma pessoa desenvolver a doença. Por isso, listamos a seguir todos esses fatores. Confira!
O que é o câncer gastrointestinal?
Em primeiro lugar, trata-se de uma condição rara que surge no trato digestivo e se classifica de duas formas: tumores carcinoides gastrointestinais e tumores estromais gastrointestinais (GIST).
No primeiro caso, eles se dividem em neuroendócrinos e endócrinos do pâncreas. Por outro lado, o GIST, consiste em sarcomas de partes moles que surgem nas células do sistema nervoso autônomo e atuam na motilidade intestinal, as chamadas células de Cajal.
Nesse sentido, os tumores estromais gastrointestinais podem acometer qualquer órgão do trato digestivo, sendo mais comum no estômago e no intestino delgado.
Quais são os sintomas?
Em suma, os sintomas do câncer gastrointestinal variam conforme o órgão em que ele se desenvolve. Diante disso, uma das principais características é a presença de sangramentos no estômago e no esôfago, fazendo com que o paciente vomite sangue.
Essas pequenas hemorragias também são notáveis nas fezes do paciente, pois passam a ter coloração escura ou avermelhada. Além disso, essa condição pode se manifestar por diarreia ou constipação. Outros sinais menos comuns são dor e inchaço abdominal, perda de apetite, problemas de deglutição, náuseas, sensação de saciedade e perda de peso.
Por último, falando especificamente dos tumores carcinoides, pode ocorrer a liberação de hormônios na corrente sanguínea. Assim, dá-se a síndrome carcinoide, condição que causa vermelhidão e sensação de calor, diarreia, dificuldade respiratória e taquicardia.
Quais os fatores de risco para essa doença?
As causas para o câncer gastrointestinal são desconhecidas. No entanto, com o avanço dos estudos foi possível perceber a influência genética no seu desenvolvimento. Nesse sentido, entre as alterações mais presentes nos diagnósticos estão as alterações no gene KIT ou PDGFRA.
No caso dos GISTs, existem fatores que elevam as chances de uma pessoa desenvolvê-los, como, por exemplo, idade superior a 50 anos, diagnóstico de síndromes genéticas familiares, como a neurofibromatose tipo 1, síndrome de Carney-Stratakis ou a síndrome estromal de tumor gastrointestinal familiar.
Já os tumores carcinoides estão relacionados às mulheres, à presença de algum problema crônico no estômago e ao tabagismo. Além disso, outros fatores que podem ter alguma influência são: obesidade, ingestão excessiva e contínua de álcool, sal, ou água proveniente de poços com alta concentração de nitrato.
Contudo, ter um fator de risco não significa que a pessoa terá o câncer gastrointestinal, mas que está mais propensa, quando comparada a quem não apresenta nenhum deles. Por isso, é preciso atenção.
Gerenciando o câncer gastrointestinal
Então, se você apresenta dois ou mais desses fatores, procure um médico e mantenha seus exames de rotina em dia. Dessa forma, você favorece o diagnóstico precoce e eleva a probabilidade de sucesso do tratamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!