HPV

HPV X câncer ginecológico: qual a relação

O câncer ginecológico é uma condição grave que requer um diagnóstico e tratamento imediatos. No entanto, ela tende a ser silenciosa e sua causa nem sempre é conhecida. Nesse sentido, o que se sabe é: há forte relação com a infecção pelo Papilomavírus humano (HPV).

Por isso, explicarei neste artigo a que se atribui essa relação e como ela pode contribuir para o desenvolvimento de uma neoplasia maligna. Então, se tem interesse no assunto e quer saber mais, continue a leitura.

Em primeiro lugar, o que é o HPV?

O HPV é uma infecção viral muito comum entre as mulheres, afetando principalmente o aparelho reprodutor feminino. Porém, os homens também podem ser acometidos em algum momento da vida.

Ainda, o contágio costuma ocorrer logo assim que homens e mulheres se tornam sexualmente ativos, pois é um vírus sexualmente transmissível, a partir do contato genital ou também de pele para pele.

Além disso, o Papilomavírus humano se classifica em diversos tipos e a maioria não causa nenhum problema grave, de modo que a infecção desapareça sem a necessidade de intervenção médica. Assim, enquanto alguns levam meses, outros desaparecem em até 2 anos.

Contudo, em uma pequena parcela dos casos há a contaminação por um vírus que pode persistir e progredir para um câncer, principalmente o de colo de útero

Qual a relação com câncer?

Em suma, a infecção pelo papilomavírus pode provocar o surgimento de lesões precursoras, nas quais o DNA do vírus se integra ao DNA da célula hospedeira. Dessa forma, resulta na interrupção da produção da proteína E2, responsável por inibir genes que combatem as células tumorais.

Existem 13 tipos de HPV oncogênicos que oferecem um maior risco ou chance de desenvolver infecções e lesões precursoras do câncer, especialmente os tipos HPV-16 e HPV-18, sendo mais prevalente em pessoas sexualmente ativas com idade entre 15 e 49 anos.

Ou seja, o Papilomavírus humano afeta a capacidade das células de não se transformarem em tumores. Nesse sentido, no câncer de colo de útero a infecção é o principal responsável pela doença.

Esse câncer ginecológico é a quarta causa de morte por neoplasias malignas em mulheres brasileiras. Além disso, em estágio inicial, a doença é assintomática. Mas, quando os primeiros sintomas surgem, eles consistem em: sangramento vaginal após as relações sexuais e corrimento vaginal.

Como prevenir o HPV?

A principal forma de prevenir o problema é através da vacinação. Diante disso, a vacina é aplicada gratuitamente pelo SUS em mulheres de 9 a 13 anos. Na idade adulta, a prevenção se dá pela adoção de cuidados na relação sexual.

Por exemplo, através da prática de sexo com uso de preservativos e não ter muitos parceiros. Portanto, quando a paciente apresenta fatores de risco, recomenda-se o rastreamento com a realização do exame de Papanicolau.

Enfim, como você pode perceber, há uma forte relação entre o papilomavírus e o câncer ginecológico, especialmente o câncer de colo de útero. Portanto, mantenha seus exames preventivos em dia e adote todas as medidas necessárias para evitar essa doença.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!

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